Vida académica e científica

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Vida académica e científica

Detalhes do registo

Nível de descrição

Secção   Secção

Código de referência

PT/FCT/JFDF/VAC

Tipo de título

Atribuído

Título

Vida académica e científica

Datas de produção

1950  a  2012 

Dimensão e suporte

Documentos textuais, gráficos e iconográficos: papel, A4 e outros formatos

Extensões

0 Metros linear

Localidade

Portugal, Instituto de Histologia e Embriologia (IHE) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Avenida Professor Egas Moniz, 1649-028 Lisboa. Portugal, Laboratório de Biologia Celular do Instituto Gulbenkian de Ciência, Rua da Quinta Grande, 6, 2780-156 Oeiras.

Funções, ocupações e atividades

As funções, ocupações e atividades que integram a presente secção estão relacionadas com a vida académica e científica de José Francisco David Ferreira. Assim, a secção compreende documentação relacionada com: gestão académica (David Ferreira na qualidade de membro do corpo docente da Faculdade de Medicina de Lisboa, regente das disciplinas de «Histologia e Embriologia», de «Biologia» e de «Biologia Celular», coordenador pedagógico destas últimas disciplinas bem como do pessoal docente estagiário e convidado do Instituto de Histologia e Embriologia); gestão de ciência e tecnologia, funções que desempenhou em particular no Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG); formação e docência - enquanto assistente e professor na Faculdade de Medicina de Lisboa, especialista responsável pela preparação de cursos pós-graduados, mas também enquanto aluno e bolseiro; produção científica (autoria e coautoria de trabalhos, artigos e outros escritos científicos, resultantes da investigação que fez ao longo da sua vida); participação em encontros científicos (realização de reuniões científicas, em Portugal ou no estrangeiro, incluindo aquelas em que David Ferreira participou como membro das comissões de organização ou científicas, como orador honorário ou como conferencista). Esta secção compreende ainda uma coleção de artigos impressos, de autoria e temática variadas, compilados pelo próprio David Ferreira.

Contexto geral

David Ferreira iniciou a sua carreira académica logo após a obtenção da licenciatura em Medicina, em 1952, permanecendo na Faculdade de Medicina de Lisboa (FML) primeiro como assistente voluntário e pouco depois como 2º assistente do Instituto de Histologia e Embriologia. Foi bolseiro do Instituto de Alta Cultura, estagiando no Institut de Recherches sur le Cancer em Villejuif, França. No início dos anos 60, já com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, partiu para os Estados Unidos da América, estagiando no National Cancer Institute em Bethesda, Maryland. Ainda antes do seu regresso, associou-se à organização do Laboratório de Biologia Celular do Instituto Gulbenkian de Ciências, em Oeiras, planeando ativamente o apetrechamento deste Laboratório que mais tarde veio a dirigir.Professor catedrático da FML, em 1979, dedicou uma parte significativa da sua vida ao ensino e à carreira académica na Faculdade de Medicina. Para além de docente, David Ferreira coordenou diversas unidades de investigação, dirigiu o Instituto de Histologia e Embriologia, o Instituto de Anatomia, tomou parte ativa na governação da Faculdade, coordenando unidades como o GAPIC - Gabinete de Apoio à Investigação Científica e o CEBIP - Centro de Biologia e Patologia Molecular. Ascendeu ao cargo de vice-reitor em 1998, sendo ainda vogal do Conselho de Administração da Fundação da Universidade de Lisboa entretanto criada, membro da Comissão Coordenadora do Conselho Científico da FML e do Senado da Universidade de Lisboa. A sua jubilação ocorreu em 1999.A secção «Vida Académica e científica» concentra, pois, a maior parte da documentação produzida no âmbito das atividades de ensino, investigação e administração de ciência que ocuparam a carreira de David Ferreira em cerca de 60 anos. Esta documentação assume-se, também, como um testemunho sobre a evolução dos conceitos do ensino e da investigação biomédica em Portugal.

Âmbito e conteúdo

A documentação conservada nesta secção acompanha as atividades académica e científica, ambas centrais na vida de José Francisco David Ferreira. A academia foi o meio em que David Ferreira predominantemente exerceu a sua atividade profissional, tendo sido docente desde que concluiu a licenciatura em Medicina, em 1952, primeiro como «voluntário» e, a partir de 1955, como assistente contratado para o Instituto de Histologia e Embriologia da então designada Faculdade de Medicina de Lisboa. Mais tarde, por inerência da progressão na carreira docente, David Ferreira acabou por assumir cargos de gestão académica na mesma instituição de ensino. Posteriormente - após a reestruturação do Instituto Gulbenkian de Ciência (1993) -, abraçou a carreira universitária a tempo inteiro na mesma Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa onde se diplomara.No que respeita à atividade científica - com um arco temporal de cerca de 60 anos -, recobrindo a segunda metade do século XX, a documentação espelha as atividades de David Ferreira enquanto investigador na área das ciências biomédicas, em particular, da Morfologia, da Biologia Celular e Molecular (antes Histologia e Embriologia), da Virologia, da Microscopia Eletrónica, com especial ênfase para os anos iniciais da sua atividade como bolseiro do Instituto de Alta Cultura e colaborador do Instituto de Histologia e Embriologia, entre 1954 e 1959, e depois entre 1960 e 1961, exercendo funções nesse mesmo Instituto. Neste período, os seus trabalhos no âmbito da virologia e da investigação celular foram reconhecidos, valendo ao seu autor dois prémios Pfizer (em 1957 e 1961). Assumem ainda destaque no seu currículo científico, os períodos em que permaneceu no estrangeiro, também na condição de bolseiro: em Paris, Villejuif, no Institut de Recherche sur le cancer, seguindo-se a permanência nos EUA onde, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, foi investigador convidado no National Heath Institute, Bethesda, entre 1962 e 1965. A documentação ilustra, pois, a carreira universitária do produtor até à data do seu falecimento e permite retratar as diversas facetas em que se empenhou, nomeadamente a organização dos serviços docentes - incluindo a preparação de aulas expositivas, a preparação dos programas de estudos das disciplinas que lhe foram sendo atribuídas, a gestão dos horários letivos e calendários escolares, a criação ou reformulação de programas de estudos, a avaliação dos alunos -, bem como complementarmente, a participação direta e indireta na administração da escola médica e dos seus institutos e laboratórios: direção do Laboratório de Microscopia Eletrónica Calouste Gulbenkian instalado no Instituto de Histologia e Embriologia da Faculdade de Medicina, em 1958, direção do próprio Instituto de Histologia e Embriologia, como mais tarde, do Instituto de Anatomia e, finalmente, entre 1990 e 2001, a direção do CEBIP - Centro de Biologia e Patologia Molecular, antecessor do atual Instituto de Medicina Molecular (IMM). A participação de David Ferreira em todas as vertentes da vida académica incluiu a gestão material e humana desta instituição, considerando o apetrechamento de laboratórios, o planeamento e a realização de obras de beneficiação, a aquisição de equipamentos, a contratação de recursos humanos. Essa participação estreita e intensiva na existência da Faculdade de Medicina teve reflexos na sua colaboração em reformas e projetos de reformas do ensino universitário das ciências médicas na mesma Faculdade. A vice-reitoria da Universidade de Lisboa que David Ferreira assumiu desde 1998 é igualmente documentada. Esta secção proporciona um entendimento do que foi a vida de David Ferreira enquanto investigador, tornando possível rastrear a sua atividade científica, em Portugal e no estrangeiro, ao longo dos anos 50 e 60 e, a partir de 1967, com a inauguração do Centro de Biologia do IGC, acompanhar a sua atividade como diretor do Laboratório de Biologia Celular do mesmo Instituto. Ao longo da sua carreira, David Ferreira reuniu igualmente um corpus de documentação relevante para a história da medicina bem como para a história do ensino médico, em Portugal, documentação igualmente disponibilizada nesta secção.

Idioma e escrita

Em português (por), contendo documentos em outras línguas, nomeadamente inglês (eng), francês (fra), espanhol (spa), italiano (it), alemão (deu).